quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Joaquim tem gravada na testa a marca do diabo


"Este homem tem o seu problema impresso na cara. E que problema! Joaquim Fernandes é um honrado mecânico de São João da Madeira que vive nos arredores de Lisboa. Tem seis filhos, mora num sexto andar e no número seis. Coincidência? Manias dele? Não se sabe. O que é certo é que o 666 é a cifra do Demónio, de Lúcifer, e Joaquim Fernandes teve de aprender a viver com esse número gravado na testa.
"Até há bem pouco tempo não tinha reparado que o número seis era uma constante na minha vida", diz Joaquim.
E, no entanto, o número seis persegue-o desde a mais tenra idade. "Seis dias antes de eu nascer, o meu pai saiu de casa para ir buscar meia dúzia de ovos à mercearia e nunca mais voltou", confessa-nos com um sorriso.
"Eram seis em ponto da tarde quando o meu pai se foi, segundo conta a minha mãe." 6 dias, 6 ovos, 6 da tarde... Algo de estranho se passa entre Joaquim Fernandes e a cifra do Diabo: o 666.
"Na escola andei muito bem até ao sexto ano; depois, os meus estudos foram uma catástrofe completa, até que ao fim de seis anos pode aumentar os meus conhecimentos e encontrar um bom emprego", garante.
Os seus primeiros seis anos como mecânico foram um êxito, Joaquim conseguiu abrir caminho e mudar-se para Lisboa onde inaugurou a sua própria oficina. "Contudo, a partir do sétimo ano, os negócios começaram   a correr-me mal", reconhece.
As coincidências entre a história de Joaquim e o número seis não ficam por aqui. Quando lhe pedimos que conte até dez acontece algo realmente incrível. Pedimos-lhe que o fizesse para o gravador durante a entrevista.
- Por favor, senhor Fernandes, pode contar até dez?
- Sim, com certeza: um, dois, três, quatro, cinco...Aí, o nosso homem subitamente pára e começa a gaguejar muitíssimo.
- Se...se...se...
Joaquim não consegue continuar! "É como que uma força sobrenatural que me impede dizer o número", explica. "Só me acontece quando conto. Normalmente consigo dizê-lo:SE-IS."
Como se ainda fossem poucas as coincidências, Joaquim - que a princípio morou num andar Rua Damasceno Monteiro - habita no número seis da sua rua, no sexto piso (um andar com seis apartamentos), e tem seis filhos.
O mais pequeno, Pedro, tem seis meses; o seguinte, Artur, tem dois anos e quatro meses, o terceiro mais novo, Jorge, tem quatro anos e dois meses; o seguinte, João José, acabou de fazer seis anos. Depois vem o Francisco, que tem nove anos e oito meses. À primeira vista, não há nada de estranho. No entanto, se virmos a diferença de idades entre eles, reparamos que entre cada irmão há uma distância exacta de um ano, dez meses e um dia. Quer dizer, 666 dias: de novo aparece o número do Diabo.
O doutor Francisco Rodrigues, especialista em patologia psicoanalítica, dá a sua opinião sobre este caso: "Pode ser que o indivíduo, consciente ou inconscientemente, seja o responsável pela presença do seis na sua vida. Por alguma razão desconhecida, o número seis pode ter-lhe causado um trauma que condicionou a sua vida. Quer dizer, Joaquim Fernandes escolhe o seis sem se dar conta. "Além disso, o médico não explica como lhe apareceram os três seis na testa.
Por seu lado, Joaquim José Fernandes tem uma vida normal e é feliz com os seus seis filhos e a esposa Sílvia, que o adora e lhe é muito dedicada."


Fonte: Notícias do Mundo, Nov. de 1994 - Ouvistes falar

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